Por esta altura os atletas estão a percorrer a primeira etapa de alta montanha e aproveito para fazer uma breve retro do restante da 1ª semana.
A Etixx é a equipa com mais vitórias no Tour até à data, depois de Martin apareceram a vencer na 6ª e na 7ª etapa Stybar e Cavendish, respectivamente.
Infelizmente a 6ª etapa foi acompanhada de tristeza para a Etixx, com uma queda a acontecer a pouco menos de 1 km. do final, tendo como principal afectado o camisola amarela na data, Tony Martin, obrigando-o a desistir da competição.
A 6ª etapa foi uma etapa histórica no Tour, com Teklehaimanot a ser o primeiro africano a vestir a Polka-dot!
Cavendish suspirou de alívio após conseguir a sua 26ª vitória de etapa no Tour, dois anos desde a última. O britânico já aparentava sinais de algum desespero, com Greipel a ser mais rápido nas últimas duas chegadas ao sprint. Não foi uma vitória fácil, quando o sprint se iniciou ele encontrava-se tapado, mas conseguiu esperar, encontrar o seu espaço e vencer.
Na 8ª etapa os franceses comemoraram a sua primeira vitória. Após ter feito 6º (na La Flèche Wallonne) e 3º no Mur de Huy, Alexis Vuillermoz, venceu na chegada ao Mûr-de-Bretagne, superando Dani Martin, que se encontrava mal posicionado e não conseguiu responder ao ataque, no final.
Sagan recuperou aqui a "sua" camisola verde após terminar em 4º na etapa. Nibali foi o único dos favoritos a perder algum tempo para os seus rivais neste dia, chegando 10'' atrás do grupo.
Por fim chegara o Contra-Relógio por Equipas, numa fase bem adiantada da competição, com a Orica quase já sem homens para o concretizar.
Os campeões do mundo em título, BMC, levaram a melhor e venceram a concorrência, mas não com a margem suficiente para colocar o líder Tejay van Garderen de amarelo. A Sky chegara 1'' atrás e a Movistar, que viu o público atrapalhar-lhe o projecto, 4''.
Nibali voltou a ser o que perdeu mais tempo para os rivais e começa a montanha a 2'22'' de Froome.
Quintana superou assim com sucesso os seus principais desafios da primeira semana, os Contra-Relógios e os paralelos, e fica a 1'59'' de Froome para as 2 semanas que lhe restam. Boa investida da Movistar ao levar Malori e Dowsett para a 9ª etapa.
Contador chega à segunda semana a 1'03'', apesar de ter participado e vencido o Giro, o espanhol aliou a sua experiência e da sua equipa para minimizar as perdas na 1ª semana e recuperar algumas forças para o que está por vir.
Froome é o destaque, ele que superou todos os desafios que se lhe apresentaram, desde os ventos holandeses ao paralelos franceses, o britânico este irrepreensível e descansou de amarelo. Parece estar mais forte que há dois anos atrás, não com uma estratégia de ataque espectacular, mas a atacar de forma a manter um ritmo que ninguém consiga atacar por cima, veremos se resulta até ao final.
Froome tem vindo a ser alvo de alguns ataques por parte da imprensa e de algumas pessoas, depois dos computadores de dados da Sky terem sido hackeados e revelados os dados de Froome em 2013, e da sua performance animalesca levantar suspeitas.
Neste dia de descanso soubemos que há quedas que vêm por bem. Após uma pequena queda na 5ª etapa, Ivan Basso, começou a sentir algum desconforto no selim e consultou os médicos do Tour, sendo-lhe diagnosticado cancro nos testículos. Basso abandonou assim a prova, um grande desfalque para Contador, desejo-lhe toda a sorte nesta dura etapa da vida!
Sem contar com Basso e Boom, que também abandona o Tour devido a uma "gripe", ele que teve o seu Tour em risco depois de se lhe detectar baixos níveis de cortisol nas análises ao sangue antes da competição, abaixo do nível permitido pelo Movimento por um Ciclismo Credível do qual a Astana faz (fazia) parte, abandonaram 13 atletas durante a primeira semana. Bonnet, Dumoulin, Cancellara, Tony Martin, Henderson, Gerrans, Albasini, Impey, Paolini, Kozontchuk, Bouhanni, Bauer e Schillinger.
Rigoberto Uran chegou ao fim da primeira semana a 1'18'' de Froome e após um Giro abaixo das expectativas será com certeza um atleta a ter em consideração na geral.
A Lampre de Rui Costa superou o CRE e chegou a 48'' da BMC, permitindo a Rui Costa ganhar algum tempo a alguns dos seus rivais, Gesink, Peraud, Bardet, Talansky, Pinot, Rolland e Rodríguez, deixando-o na 23ª posição a 5'20'' de Froome. O objectivo de um top-10 é algo bem possível ainda, vamos ver como se encontra a sua forma e as suas condições físicas após a dura queda que sofreu na 1ª semana.
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